A FALTA
A FALTA
A falta de um objetivo na vida produz sensação de vazio, que às vezes traz transtornos e aborrecimentos infindáveis. Geralmente, perdemos o foco da direção a ser seguida, quando mergulhamos num mar de ostracismo e procuramos não mais nos interessar pelo que vem de fora de nós.
Muitas vezes, o fato de nos interessar pelas pequeninas coisas do mundo, prende-nos a atenção e provoca sensação de felicidade. Nestas horas o vazio some e somos penetrados pela calma e tranquilidade que um bom interesse impulsiona.
A felicidade e o prazer não têm base apenas nas grandes coisas, nos exuberantes acontecimentos. Fixar e trabalhar o pensamento e as emoções em pequenos detalhes da vida é descobrir motivos que faltam para as pessoas tediosas, desanimadas.
Quando paramos para pensar e introjetamos o pensamento nos escaninhos mais profundos do eu, chegamos à conclusão que o que nos falta é buscar no arsenal íntimo as armas de luta contra o desânimo, a indiferença e a ociosidade.
Temos, em nossas raízes profundas, os tentáculos que seguram a vida, que provocam desejos. E os desejos, quando controlados pela razão e sentimento forte do acerto, reagem sobre a personalidade humana, gerando objetivos a serem alcançados.
Quem se descubra fraco e sem forças para lutar, não conseguiu adentrar mais profundamente na sua personalidade. Existe dentro dela motores não impulsionados, faltando apenas o empurrão que nos fará "pegar no tranco", como diz a gíria.
Uma frase, uma palavra, um gesto podem provocar esse "tranco" de que falamos. Somos movidos a sentimento e emoções. Às vezes falta-nos motivos para colocar no vazio uma carga emotiva que vai provocar grandes reações.
15/05/2.015